O Chimarrão é um legado do índio Guarani. Sempre presente no dia-a-dia, constituiu- se na bebida típica do Rio Grande do Sul. Também conhecido como mate ou amargo, constitui-se no símbolo da hospitalidade e da amizade do gaúcho. É o mate cevado sem açúcar, preparado em uma cuia e sorvido através de uma bomba. É a bebida proveniente da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas. Conta a história que no de 1536, após a fundação da cidade de Assunção no Paraguai, os soldados espanhóis, acostumados a grandes “borracheras” (porres), que muitas vezes duravam a noite toda, sofriam com a ressaca, enquanto que isso não ocorria com os índios Guaranis que bebiam um estranho chá de ervas. Desta forma, esse costume foi levado para o sul e quando o homem branco, ao chegar no pago gaúcho, já encontrou o índio guarani tomando o Caá, em porongo, sorvendo o Caá-y, através do tacuapi (bomba primitiva, feita de taquara).
No meio tradicionalista, o chimarrão é a inspiração do aconchego, é o espírito democrático é o costume que, de mão em mão, mantém acesa a chama da tradição e do afeto, que habita os ranchos, os galpões dos mais longínquos rincões do pago do sul. Atualmente passou a designar o conjunto da cuia, erva-mate e bomba. O homem do campo passou o hábito para a cidade, até consagrá-lo regional. Os avios ou os apetrechos do mate constituem o conjunto de utensílios usados para fazer o mate e que são fundamentalmente a cuia e a bomba.
Antigamente, costumava-se toma-lo junto a um fogo de chão ou fogão a lenha, pois tinha-se que manter a água da chaleira quente, com a invenção da garrafa térmica, esse costume se propagou mais ainda, pois a garrafa deu uma mobilidade ao gaúcho só comparada à do telefone celular ao homem moderno!